sexta-feira, 18 de junho de 2010

Valquírias Midiáticas


Livro mostra tragetória de sete jornalistas na defesa dos Direitos da Comunicação.

Enquanto a categoria se mobiliza pela obrigatoriedade do diploma, os jornalistas José Marques de Melo e Francisco de Assis lançam o livro "Valquirias Midiáticas" (Editora Arte e Ciência), com a luta de sete mulheres ícones na atuação acadêmica do jornalismo.

O livro mostra a trajetória de Adísia Sá, Anamaria Fadul, Cremilda Medina, Lucia Santaella, Maria Immaculada Vassallo de Lopes, Sonia Virgínia Moreira e Zélia Leal Adguirni. O título do livro, Valquírias Midiáticas, remete à primeira revista feminina do Brasil - Walkyrias -, lançada na década de 1930 pela jornalista-empresária Jenny Pimentel de Borba, época da Constituição de 1934, que garantiu o direito de voto à mulher e que a incentivava a tomar consciência de seu papel de cidadã.

Quem são as Valquírias Midiáticas?

Adísia Sá - cearense, foi primeira mulher a integrar uma redação de jornal, a Gazeta de Notícias, em 1955. Foi a primeira repórter policial feminina, primeira mulher sindicalizada no estado do Ceará e fundadora do Curso de Jornalismo da Universidade Federal do Ceará.

Anamaria Fadul - pesquisadora da comunicação no Brasil e América Latina, foi presidente da Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação (INTERCOM) de 1983 a 1985. Analista da qualidade das escolas de Comunicação e o papel da televisão na sociedade brasileira.

Cremilda Medina - portuguesa de nascimento, a jornalista foi uma das pioneiras no curso de jornalismo da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e teve destaca atuação na mídia paulista - Jornal da Tarde, Tv Bandeirantes, Tv Cultura - e na vida acadêmica na Universidade de S.Paulo.

Lucia Santaella - uma das principais referências nacional e internacional sobre estudos da Semiótica, com atuação de estudos em Tecnologia e Cibercultura pela PUC-SP, foi articulista de artes e literatura do Jornal da Tarde. Suas pesquisas de semiótica integram as tendências em artes tecnológicas.

Maria Immaculata Vassallo de Lopes - acadêmica da USP nos anos 60, estuda a influência das comunicações populares na vida comunitária. Foi presidente da Intercom, de 1995- 1997.

Sonia Virginia Moreira - formada pela Universidade Gama Filho (RJ), atuou na Rádio Jornal do Brasil durante a ditadura. É pesquisadora de comunicação em rádio. Autora do livro - Rádio Nacional- o Brasil em sintonia.

Zélia Leal Adghirni - acadêmica da Universidade de Brasília (UNB), destaca-se pelo estudo do papel do jornalista no contexto do século XXI. Atuou na imprensa marroquina nos anos 80 e trabalhou nas sucursais dos jornais Zero Hora e O Estado de S.Paulo nos anos 90.

Valquírias Midiáticas

Organizadores - José Marques de Melo e Francisco de Assis
335 páginas
Preço: R$ 64,00
Editora Arte e Ciência

Isabella Encantadora


A cantora e compositora Isabella Taviani traz para Brasília o repertório do CD “Meu coração não quer viver batendo devagar”, lançado em 2009. Serão duas apresentações, nos dias 18 e 19 de junho, sexta e sábado, às 21h, no Teatro Oi Brasília, pelo Projeto “Encantadoras”. "É maravilhoso retornar a Brasília participando de um projeto que já trouxe tanta artista bacana a esta terra! Com um nome deste, o projeto tinha que ser um sucesso!", enfatiza Isabella.

Sobre Isabella Tavianni

Quem conhece Isabella Taviani entende bem o nome de seu novo álbum. A cantora e compositora de sucessos como “Digitais”, “Luxúria” e “Diga sim pra mim”, gosta de emoções fortes e agora se arrisca em parcerias com amigos. “Meu coração não quer viver batendo devagar” tem 14 faixas, sendo que 13 levam sua assinatura, como o primeiro single “Presente-passado”. A única música que não é de sua autoria ou coautoria é “Sob medida”, de Chico Buarque, gravada por ela especialmente para a novela “Caminho das Índias” e que entrou neste CD como faixa bônus.

Produzido por Rodrigo Campello e Jr Tostoi (MiniStereo), o álbum é a base do repertório deste show. Além dos sucessos anteriores e o novo single, estão garantidas as músicas “Eu não moro na sua vida” (Isabella Taviani e Dudu Falcão), “Argumentos da vida” (dela com Jorge Vercillo), “Arranjo” (dela com Zélia Duncan) e “Depois da chuva” (Isabella, Jorge e Zélia).

Projeto Encantadoras

Reunir cantoras consagradas e abrir espaço para novos talentos, que ocupa parte da programação do Teatro Oi Brasília no primeiro semestre. Iniciado em 2009, Encantadoras já trouxe a Brasília Fernanda Abreu, Zélia Duncan, Maria Gadú, Paula Tesser, Bruna Caram, Ana Costa, Ana Ratto.

Serviço: Isabella Taviani. 18 e 19 de junho, no teatro Oi Brasília (SHTN Trecho 1, conjunto 1B, bloco C, no Hotel Alvorada Tulip ). R$40 (meia). Classificação: 14 anos.

A cultura da cachaça

Eu estava vendo umas fotos de uma amiga que viajou por Minas Gerais e encontrei uma imagem muito explicativa. Como estamos no Buteco Cultural, acho que esta sabedoria tem extrema relevância para nosso papo. Compartilhemos:




terça-feira, 15 de junho de 2010

A verdade sobre o divino


Depois de pouco mais de uma hora de apresentação ao lado da banda Pandemonium, Seguei, ícone do rock'n'roll desde os anos 60, mostrou à Brasília que é o seu estilo louco, mítico e despojado que o mantém como o Divino do Rock. Não era preciso estar suficiente bêbado, como eu, para entender isso. Serguei não canta como antes.

A apresentação aconteceu pouco depois das 1h da manhã, no dia 11 de junho, na nova casa de shows América Rock Club, em Taguatinga. Aos 76 anos, as mesmas roupas e os mesmos cabelos bagunçados, o divino se recusou a receber alguns fãs para fotos e autógrafos. Alguns comentavam com tristeza, outros nem notaram.

Custei um pouco para conseguir ouvir a voz de Serguei. Somente na terceira música ele mesmo notou que seu microfone estava praticamente desligado. Sua voz era frequentemente ofuscada por André Ribeiro, vocalista da banda Pandemonium. Apesar dos pesares, ele não parava no lugar. Corria de um lado pra outro e, tenho que confessar, seu jeito desengonçado é encantador.

A apresentação foi satisfatória. Todos queriam deixar o rock rolar. E ele rolou.

domingo, 13 de junho de 2010

Já ouvi, posso morrer III

Fazer uma lista dos 10 mais de nossa carga musical é uma tarefa árdua. Os hits de nossas vidas estão aqui, ali, acolá... Juntar os pedaços como um quebra-cabeça imenso. Desde que nosso querido Felipe iniciou a sessão, venho pensando nas possibilidades que geram outras e outras tantas. Minha lista não é da mais eclética. Na verdade, o ecletismo me causa uma certa urticária. Por isso, vamos falar do velho rock'n'roll.

10 The Police - Outlandos d'Amour (1978)

Este é o álbum de estréia da banda. E, como podemos perceber, Sting nasceu para ser rebelde. Sua vontade de polemizar o fez escrever Roxxane, a história de uma prostituta: "Roxanne, você não tem que se despir sob as luzes vermelhas". Apesar da polêmica, Outlandos d'Amour é um álbum animado acima de tudo. Vale a pena conferir.


9 Legião Urbana - Uma Outra Estação (1997)
Este álbum de tão triste virou póstumo. Foi lançado um ano depois da morte do líder da Legião Urbana, Renato Russo. De todos os amores que tive, Renato foi o mais intenso. Digo por ser amor de infância. De tanto amor fiz, muitas vezes, de suas dores as minhas. Uma Outra Estação mostra que, da voz cansada da morte, muitas dores podem se tornar poesias eternas.


8 Kiss - Kiss (1974)

Mais um álbum de estréia de banda. Nada me tira da cabeça que o bom é o inovador. O Kiss apareceu de cara pintada e salto alto. Gene é um grande líder, mas a melhor voz é, sem dúvidas, de Paul. E é dele também a autoria das melhores músicas desse álbum, como Firehouse e Black Diamond.


7 Megadeth - So Far, So Good... So What? (1987)

Dave Mustaine foi expulso, sem explicação, de uma curta temporada como guitarrista do Metallica. Surgiu então com sua nova banda: o Megadeth. Com um vocal extremamente particular, chegou firme pela disputa de um espaço nos anos de ouro do Thrash Metal. So Far, So Good... So What? é o terceiro e mais sonoro disco da banda. Conta com um cover dos Sex Pistols e uma bela homenagem para Cliff Burton (morto em 1986) com a canção In My Darkest Hour.

6 Iron Maiden - Poweslave (1984)

Steve Harris e Bruce Dickinson fizeram um trabalho marcante e excepcional para o Heavy Metal mundial. O baixista e o vocalista do Iron Maiden souberam bem como unir técnica a uma boa história. Tenho que fazer considerações especiais para duas músicas: Powerslave, que dá nome ao álbum; e Rimme of the Ancient Mariner. Ouvi ambas as canções ao vivo por duas vezes e ainda sinto arrepio só de lembrar.


5 Morbid Angel - Altars of Madness (1989)

Outro álbum de estréia na minha lista dos melhores. Agressividade, força e muita loucura. Poucos dias depois que nasci, o Morbid Angel lançava essa preciosidade do Death Metal. Sujo e blasfemo, do jeito que o estilo tem que ser. Ótimos riffs de guitarra e um vocal arrasador.



4 Pink Floyd - PULSE (1995)

A escolha desse álbum para a minha lista se dá por um único motivo: a impossibilidade de escolher o melhor álbum do Pink Floyd. Já que me meti num labirinto onde todas as entradas te levam para um paraíso, decidi que o PULSE merece essa posição. Se não há como decidir o melhor, ponha todos os bons em um só. O destaque fica com a encatadora voz de David Gilmour.


3 The Clash - London Calling (1979)

Falo de Punk, penso logo em London Calling. Nada dos anos 70 supera esse disco. A criatividade e a aposta na missigenação de estilos, dentro do rock'n'roll, deixou uma marca irreversível no meu coração. O London Calling é simplesmente o suprassumo do Punk Rock sem a mínima dúvida.

2 Misfits - Walk Among Us (1982)
Depois de descobrir que o bom Punk é aquele com influências reais, pude entender também que Punk perfeito é feito com horror. A bizarrice que cerca a banda Misfits define perfeitamente a quem a banda veio falar. Glenn Danzig apostou em uma nova proposta, agradeço por isso. Para Walk Among Us, só posso fizer uma frase: Mommy, can I go out and kill tonight?


1 Dio - Holy Diver (1983)
Obrigada, Dio.