Parece, mas não é uma tarefa fácil. Primeiro vem uma pré-lista, um pré-ranking. “Opa, faltou esse. Tira aquele.” Quase um mês depois, aí está mais uma lista de álbuns obrigatórios. Eclética? Sim. Bandas, duplas, grandes encontros que mudaram a história da música – mundial e brasileira.
10 Gotan Project – La Revancha Del Tango (2001)
Somente a mistura entre um francês, um argentino e um suíço seria capaz de dar origem a um trabalho inovador como esse. La Revancha Del Tango é a materialização do experimentalismo do trio cosmopolita que toca tango com arranjos eletrônicos. Disco irresistível para as horas vagas do dia.
9 The B-52s – Time Capsule (1998)
Sou contra coletâneas, mas esta não poderia faltar. Os B-52s existem desde 1976 e Time Capsule reúne o que a banda de visual psicodélico e futurista fez de melhor ao longo de todos esses anos. Além das clássicas Private Idaho e Love Shack, o disco tem músicas irreverentes com letras impagáveis como Strobe Light e Legal Tender.
8 Limp Bizkit – Chocolate Starfish and the Hot Dog Flavored Water (2000)
Um adolescente compra um disco de músicas pesadas com o aviso “Contém Letras Explícitas” e pensa: “sou diferente de todos”. Com o passar dos anos, aquilo parece pouco em meio a toda a produção musical mundial. Mesmo assim, Chocolate Starfish fica na memória. Desde as melancólicas, como It’ll be Ok, às mais ácidas, como Livin’ it Up.
7 Nirvana – Nevermind (1991)
O grunge não seria a mesma coisa sem Nevermind. Todos sabem disso. E é por isso que o disco faz parte do TOP 10 de muita gente pelo mundo afora. Sem mais comentários e sem menosprezar as demais faixas, registro aqui as preferidas: Smells Like Teen Spirit (óbvio), In Bloom, Lithium e Polly.
6 Secos e Molhados – Secos e Molhados (1973)
É do Brasil ditatorial que surgiram os trabalhos mais fascinantes. Nesse cenário, o compositor João Ricardo juntou-se a Ney Matogrosso e Gerson Conrad. Pintaram os rostos, vestiram roupas extravagantes e decidiram rebolar para o país. Por detrás do gingado, a coragem de criticar o regime militar em músicas como Assim Assado e Primavera nos Dentes.
5 Franz Ferdinand – Franz Ferdinand (2004)
Alternativo, oitentista e geek. Assim pode ser definido o trabalho do Franz Ferdinand. A banda é formada por escoceses de Glasgow que, neste álbum, vão do indie ao pop. Destaque para: The Dark of the Matinee e This Fire. Vale lembrar que Take me Out já consta como uma das músicas mais populares da primeira década dos anos 2000.
4 Ney Matogrosso e Pedro Luís e a Parede – Vagabundo (2004)
A arte de Ney encontra a criatividade de Pedro Luís e resulta em Vagabundo. Sofisticado, o disco é um culto à música brasileira de qualidade. Letras engajadas (Seres Tupy e O Mundo), faixas cômicas (Napoleão), versos poéticos (Noite Severina) e regravações históricas (A Ordem é Samba e Transpiração). Seleção imperdível e para todos os gostos.
3 Daft Punk – Discovery (2001)
Em tempos áureos das chamadas festas rave, não esqueçamos a verdadeira música eletrônica de artistas como Daft Punk. A dupla de franceses mascarados fez um trabalho de peso, que inclui ícones como One More Time, Digital Love e Harder, better, faster, stronger. As faixas de Discovery deram origem também ao longa Interstella 5555, baseado em animações japonesas.
2 Os Mutantes – Tecnicolor (1999)
No auge do sucesso, em 1970, Rita Lee e os Mutantes gravaram Tecnicolor, em Paris. O projeto saiu da gaveta somente em 1999, quando a gravadora Universal decidiu lançá-lo. Vieram à tona versões em inglês de músicas já conhecidas, como Panis et Circenses e Baby. Há espaço ainda para a balada progressiva I’m Sorry Baby, para as brasileiríssimas Adeus, Maria Fulô e She's My Shoo Shoo (A Minha Menina) e para a psicodélica Bat Macumba.
1 Green Day – Dookie (1994)
Quando lançaram Dookie, os californianos do Green Day eram a aposta do punk rock. Quem acreditou estava certo. As faixas deste álbum viraram verdadeiros hinos para adolescentes revoltados dos anos 90. Músicas sobre masturbação e falta do que fazer (Longview e Basket Case), dor de cotovelo (When I Come Around), entre outros assuntos e um bônus com All By Myself em uma versão amadora. Disco agressivo, marcante, inesperado e obrigatório.