PEDRAS VÃO ROLAR!

Três dias de rock underground de graça em Brasília!!!

Porão do Rock, que nada! O festival que levará o rock underground ao público do planalto central neste mês chama-se Rolla Pedra. As apresentações acontecerão do dia 29 ao 31, na Torre de TV de Brasília. O acesso é totalmente livre. Os shows estão marcados para começar às 18h30, 18h e 17h, nos três dias do festival, respectivamente.

Serão 40 bandas para quebrar tudo. Raimundos, Os Maltrapilhos, Dark Avanger, Moretools, Death Slam, Trampa, DFC, Galinha Preta, B.Negão e Phonopop são algumas das bandas que farão as pedras rolarem em todas as direções e estilos.

Confira abaixo o flyer do evento com a programação completa:

Eu falar (e escrever) bonito um dia

Um humor cortante, porém discreto. Essas é a característica principal do comediante David Sedaris e seu livro “Eu falar bonito um dia”. A "autobiografia" consegue divertir e emocionar ao mesmo tempo, por meio de histórias de infância e excentridades familiares expostas de maneira cômica, mas singela.

Personagens e relatos da vida do autor são fatores essenciais que garantem a qualidade do livro, desde o tratamento "diferente" do irmão mais novo com seu pai até o talento musical de sua irmã, não herdado por David. Ao conhecer momentos constrangedores e embaraçosos da família grega, nos divertimos com considerações do autor sobre sua personalidade e suas relações, casos que além de fazerem rir também nos fazem sentir um certo cuidado e afeto por parte do autor quando o assunto tratado é de fundo sentimental.

David Sedaris é dono de um estilo literário muito semelhante a Woody Allen e Jerry Seinfeld, comediantes de humor refinado, que abordam temas polêmicos na medida exata, sem precisar de jargões e piadas prontas como muletas. A ironia aparece no texto em diversos momentos e faz com que nos identifiquemos com as situações pitorescas do seu cotidiano, como testemunhas oculares.

Ao conhecer a trajetória de vida do comediante, ele nos faz recordar de situações particulares de nosso passado, como por exemplo: viagens em família em que só você e seus irmãos sabem o que passaram e/ou o comportamento excêntrico de alguns tios em festas de família.

“Eu falar bonito um dia” pode ser considerado um livro de leitura agradável, com um texto instigante, mas não exagerado. Uma obra que encanta não só pela linguagem e nostalgia, mas principalmente pelo toque “humano” que carrega consigo.

Budapeste: entre mulheres e continentes

Filme baseado em livro de Chico Buarque estreia hoje!

O novo filme de Walter Carvalho, “Budapeste”, estreia hoje no Brasil. Baseado no livro homônimo de Chico Buarque, o longa traz Leonardo Medeiros que interpreta José Costa, o protagonista da trama. O elenco conta ainda com Giovanna Antonelli (Vanda, mulher de Costa) e Gabriella Hámori (Kriska).

“Budapeste” conta a história de Costa, um “ghost writer” que vive entre Rio de Janeiro e Budapeste, em busca de aprender húngaro. Costa chega à cidade húngara numa escala imprevista durante uma viagem. Lá ele conhece Kriska, mulher que o ensina húngaro e por quem se apaixona. Seu encontro o faz se dividir entre sua mulher, Vanda, apresentadora de telejornal, e a húngara.

Chico Buarque faz participação no filme. É a primeira vez que o artista participa em um filme baseado em sua obra. Na cena, Chico faz papel dele mesmo pedindo autógrafo ao protagonista e fala uma frase em húngaro.

Foto: Cena de "Budapeste" (Divulgação)

Festa Literária Internacional de Paraty

A 7ª Flip acontece em julho com 34 autores de todo o mundo

A Festa Literária Internacional de Paraty (Flip) acontecerá este ano entre 1º e 5 de julho. Em sua sétima edição, a festa que acontece na cidade histórica e litorânea do estado do Rio de Janeiro, abordará pela primeira vez ciências e artes, além da literatura.

No ano que o livro “A Origem das Espécies” faz 150 anos, a Flip traz o biólogo inglês Richard Dawkins, seguidor de Charles Darwin. Os escritores chineses Ma Jian e Xinran (autora de "As Boas Mulheres da China"), são convidados no ano em que o Massacre da praça da Paz Celestial completa 20 anos.

Os brasileiros estão representados, dentre outros, por Chico Buarque, que acaba de lançar seu novo romance, “Leite Derramado”, e Milton Hatoum, autor de "Cinzas do Norte" e "Dois Irmãos". Ambos participarão de discussão. Cristovão Tezza, de “O Filho Eterno”, também participará de discussão com o mexicano Mario Bellatin.

A Flip 2009 também traz mesa dedicada ao jornalismo, com a presença do norte-americano Gay Talese, um dos principais nomes do jornalismo literário mundial. Talese parcipará da mesa com Mario Sergio Conti, autor de “Notícias do Planalto”. Histórias em Quadrinhos novamente estarão presentes na Flip. A edição deste ano reúne Rafael Coutinho, Rafael Grampá e os irmãos Fábio Moon e Gabriel Bá.

O homenagiado do ano é Manuel Bandeira, tema da conferência de abertura.

Confira a programação das mesas da Flip:

Quarta-feira, 1 de julho
19h - Conferência de abertura com Davi Arrigucci Jr.
21h30 - Show de abertura (atração ainda não confirmada)

Quinta-feira, 2 de julho
10h - Mesa 1- Novos traços
Rafael Coutinho, Fábio Moon Gabriel Bá e Rafael Grampá
11h45 - Mesa 2 - Separações
Rodrigo Lacerda e Domingos de Oliveira
15h - Mesa 3 - Verdades inventadas
Tatiana Salem Levy, Arnaldo Bloch e Sérgio Rodrigues
17h - Mesa 4 - China no divã
Ma jian e Xinran
19h - Mesa 5 - Deus, um delírio
Richard Dawkins

Sexta-feira, 3 de julho
10h - Mesa 6 - Evocação de um poeta
Heitor Ferraz, Eucanaã Ferraz e Angélica Freitas
11h45 - Mesa 7 - A névoa da guerra
Atiq Rahimi e Bernardo Carvalho
15h - Mesa 8 - Sentidos da transgressão
Edna O´Brien e Catherine Millet
17h - Mesa 9 - O eu profundo e outros eus
Mario Ballatin e Cristóvão Tezza
19h - Mesa 10 - Sequências brasileiras
Chico Buarque e Milton Hatoum

Sábado, 4 de julho
10h - Mesa 11 - O dissonante século 20
Alex Ross
11h45 - Mesa 12 - Entre quatro paredes
Sophie Calle e Grégoire Bouillier
15h - Mesa 13 - Segredos de família
Anne Rnright e Tobias Wolff
17h - Mesa 14- Fama e anonimato
Gay Talese e Mario Sergio Conti
19h - Mesa 15 - Escrever é preciso
António Lobo Antunes

Domingo, 5 de julho
11h45 - Mesa 16 - O futuro da América
Simon Schama e Lilia Moritz Schwarcz
15h - Mesa 17 - Antologia pessoal
Edson Nery da Fonseca e Zuenir Ventura
17h - Mesa 18 - Livro de cabeceira
Convidados da Flip lêem trechos de seus livros preferidos

Jogo de Cena

O tradicional Jogo de Cena leva a arte de Brasília ao palco do Teatro da Caixa no dia 27 de maio, a partir das 20h. Trechos de espetáculos teatrais, música, artes plásticas, dança e cinema estarão em apresentação.

Cléo Malta, presidente da sociedade dos artistas plásticos de Brasília, é a convidada do quadro Pintor da Noite. Ela é pintora, escultora e design de jóias. Suas esculturas são produzidas em aço carbono, cobre, latão e madeira.

A música da noite fica por conta da banda Cajamarca, no quadro Se Toque. Suas músicas são resultado da mistura de vários estilos. A banda foi finalista das edições de 2007 e 2008 do FINCA, e semifinalista do prêmio SESC Tom Jobim de Música Brasileira de 2008.

Já o teatro será apresentado pelo grupo Sutil Ato que apresenta um trecho do espetáculo “Dunas”, fruto da pesquisa dos atores Catarina Melo e Jonathan Andrade sobre a poesia em cena. O espetáculo tem direção de Hugo Rodas e Jonathan Andrade. Já a Cia 3’Da Comédia traz um trecho do espetáculo “Amor ou Traição, Eis a Questão”.

A bailarina e coreógrafa Rosa Marina Benevides apresenta no quadro Sua Pessoa Dança a coreografia “Ego Cítrico”. Seu trabalho tem como principal estética o jazz dance e tem sido apresentando na cidade Brasília desde 2001.

No quadro TV Fora do Ar, a cineasta Marcela Tamm apresenta o curta “Lauro-Davidson”. O curta conta a história de Lauro, um funcionário público solitário que satisfaz seus desejos de liberdade assistindo compulsivamente filmes on the road.

Para encerrar a noite, o quadro Cometa Cenas III traz um trecho de "O Noticiarista - Comédias Cotidianas", com a En'Cena Cia. Teatral. O espetáculo, dirigido por Élia Cavalcante, narra situações engraçadas do nosso dia-a-dia sob o olhar de um cronista fictício.

Serviço
Projeto Jogo de Cena Maio
Dia: 27 de maio de 2009 (quarta-feira)
Horários: 20h
Local: Teatro da Caixa - SBS Qd 4 lotes 3/4, anexo do edifício Matriz da Caixa
Ingressos para os espetáculos: R$ 20,00 e 10,00 (meia-entrada para estudantes, pessoas com 60 anos ou mais, professores, empregados da CAIXA e doadores de 1 kg de alimento)
Classificação etária: não recomendado para menores de 14 anos

Foto: Thiago Lucas

Paulo Coelho anuncia estreia de filme em Cannes

Filme inspirado no livro “A Bruxa de Portobello” terá estreia no Festival de Roma

O escritor brasileiro Paulo Coelho divulgou hoje (19) em Cannes que o filme “A Bruxa Experimental” estreará em outubro no Festival Internacional de Cinema de Roma. Depois, o filme deverá entrar em cartaz no circuito comercial.

Para a criação do filme, o escritor propôs a seus leitores enviarem vídeos inspirados no livro “A Bruxa de Portobello” (2007) para serem incluídos num longa-metragem. Dos seis mil vídeos recebidos de todo o mundo, 15 foram selecionados. O filme tem duração total de 150 minutos.

Outros romances do escritor também se tornarão filmes. É o caso de “Onze Minutos”, “Veronika decide morrer” e “O alquimista”, que deverá ser lançado em 2010.

Mafalda virará escultura

Escultura da personagem ficará na porta de prédio onde viveu seu criador

A famosa personagem do argentino Quino ganhará escultura em Buenos Aires. Mafalda será instalada nas portas do edifício onde viveu o quadrinista. O local é conhecido por ser cenário da maioria das histórias.

O prédio onde estará a estátua de Mafalda fica no bairro San Telmo, na capital argentina. A idéia é identificar a casa onde Quino viveu, na rua Chile 371, e surgiu dos fãs internautas da personagem.

Mafalda será esculpida sentada num banco ou em um umbral. A escultura terá o tamanho de uma menina da idade da personagem.

Grupo de cultura afro de São Paulo se apresenta nas satélites do DF

Grupo Umoja de cultura afrobrasileira se apresenta no Sarauradical de São Sebastião nesta sexta(15) e participa de debates e oficinas em outras satélites pela passagem do Dia Nacional de Luta contra o Racismo

Por Vinícius Borba

Da língua Swahili, "umoja" significa unidade. E este é o valor central do Instituto Umoja de cultura afrobrasileira, que vem a Brasília fazer shows e oficinas nas satélites do DF. O objetivo é difundir a cultura negra e diminuir a ignorância que gera preconceitos. O grupo vem à convite da Associação Sóciocultural Radicais Livres, para a apresentação no Sarauradical pela passagem do dia 13 de maio, Dia Nacional de Luta contra o Racismo. A data é históricamente conhecida por ser o Dia da Abolição da Escravatura, com a assinatura da Lei Áurea em 1888, apesar de ter sido ressignificada pelo Movimento Negro brasileiro. O objetivo das apresentações é também atuar na causa principal dos preconceitos: o desconhecimento da arte popular tradicional. O Umoja pratica um forte resgate da arte afro, tocando maracatu, coco, afoxé, samba de roda, danças circulares afro, cirandas e ainda a Canjira, com encenação de dança dos Orixás da mitologia afrobrasileira.

"Arte como o caminho" é o slogan da Associação Sóciocultural Radicais Livres, que está promovendo nesta sexta e sábado sarau, apresentações e as oficina de arte para aproximar e resgatar culturas tradicionais em suas áreas de atuação em duas satélites, São Sebastião e Itapoã. Na sexta o Umoja tocará no horário de almoço para o público do restaurante universitário da Universidade de Brasília(UnB). À tarde, seguem para o Itapoã, para promover apresentação, onde os Radicais Livres já atuam com o Projeto Expressa Periferia. À noite, o grupo segue para o Sarauradical, evento que envolve várias áreas artísticas. No sábado, farão pela manhã cortejo na Feira Permanente da cidade e à tarde oficinas de dança e percussão afro no Colégio São Francisco. As atividades fazem parte da 1ª Semana de Identidade e Valorização Negra, realizada em São Sebastião.

Contra o racismo a arte como caminho
Para Euller Alves, coordenador do Instituto Umoja, vindo da região de Santo Amaro(SP), a arte é muito importante para o fim do racismo. "A arte que praticamos é catalizadora de ações positivas, usamos nossas ações artísticas como armas, vamos as escolas, as praças, aos teatros, as faculdades, mostramos nossa beleza, nosso talento e nossa inteligência. Sempre atentos aos meandros do racismo", disse Euller.

O presidente do Conselho de Defesa dos Direitos do Negro do DF(CDDN), Júlio Romário, afirma que a arte é um importante instrumento para aproximar as pessoas, e ao mesmo tempo forte ferramenta contra os preconceitos. Júlio cita, lembrando um exemplo clássico disto, o teatrólogo Abdias Nascimento, que nos anos 40 e 50 denunciou o racismo por meio do teatro.

Resgate cultural
Para o Presidente da Associação Radicais Livres, Saulo Dias, a participação do Umoja com as oficinas e apresentações, tanto para a comunidade quanto para os artistas de São Sebastião, é de grande relevância para o resgate cultural das tradições afro. Vinícius Borba, radical livre e coordenador da Semana de Identidade e Valorização Negra disse também que "a proposta do nosso coletivo é democratizar arte e dar vitrine à periferia, mas por vezes ficamos distantes do que é nossa raiz, da matriz das 'perifas', da nossa cultura mãe". Segundo Euller Alves, fazer cultura no subúrbio é resgatar sua essência, estar próximo de sua realidade.

O Umoja e os Radicais Livres
Os grupos se conheceram em 2007, quando dois poetas e atores dos Radicais foram particpar da Semana de Arte Moderna da Periferia, em São Paulo, novembro de 2007. Lá, os radicais ficaram hospedados na casa de Euller e participaram de várias apresentações e saraus. Voltaram mas mantiveram seus laços fortes. Agora o intercâmbio se completa e fortalece com apoio do Ministério da Cultura, que está dando as passagens pelo Programa de Intercâmbio Cultural.

programação
Sexta
Manhã:
12:00 h - Restaurante Universitário(RU) da UnB - Apresentação aberta
Divulgação do sarau e contato com o ´público acadêmico.
13h - Almoço -
15 horas - Apresentação do Umoja no Itapoã, quadra de esportes ao lado do restaurante Comunitário

20:30 h - Sarau Radical, a partir das 20:00, no Aquários Bar,
Av. Central(rua da Ponte), 1256 próximo À praça do Reggae
Teatro , música,poesia, dança, artes plásticas, e o Umoja com várias destas reunidas,
previsão de entrada no palco 21:30h

Sábado:
10:00 h - Cortejo às ruas de São Sebastião e Feira Permanente;
14 às 17 h - Oficinas de dança e percussão afrobrasileira
no Colégio São Francisco, centro de São Sebastião, dentro do CAIC(portão lateral)

www.umojabrasil.wordpress.net

Festival de Cannes

O mais importante festival da sétima arte começa hoje (13)

O Festival de Cannes abre sua 62ª edição hoje (13). A nova animação dos estúdios Disney-Pixar, "Up - Altas aventuras", de Peter Docter, é o filme de estreia. A mostra prosseguirá até dia 24 de maio, quando a Palma de Ouro será anunciada.

O júri do festival será presidido pela atriz francesa Isabelle Huppert. Outras personalidades do cinema integrarão a banca de jurados, como a italiana Asia Argento e a americana Robin Wright-Penn, ambas atrizes, e os cineastas Nuri Bilge Ceylan e James Gray.

A animação de abertura, “UP – Altas aventuras” tem cena que lembra o caso do padre brasileiro que tentou a proeza de voar com balões, mas os produtores afirmaram desconhecer a história.

Grandes nomes do cinema concorrerão à Palma de Outro com suas novas produções. O cinema espanhol será representado por Pedro Almodóvar, com “Los Abrazos Rotos”, e Isabel Coixet, com “Mapa de los sonidos de Tokio”. Quentin Tarantino, o único representante americano, concorre com "Inglorious basterds", filme sobre a Segunda Guerra Mundial.

O britânico Ken Loach também está na disputa com seu filme “Looking for Eric", sobre o jogador de futebol francês Eric Cantona. E Lars von Trier, dinamarquês, apresentará "Antichrist".

A primeira mulher a receber o prêmio máximo em Cannes, a neozelandesa Jane Campion, concorre com "Bright Star".

Também estão na mostra o italiano Marco Bellocchio ("Vincere"), o austríaco Michael Haneke ("Das Weisse Bando”), o taiwanês Ang Lee ("Taking Woodstock"), o chinês Lou Ye ("Spring fever") e o diretor de Hong Kong Johnnie To, com "Vengeance".

Filmes latino-americanos não estão incluídos na mostra competitiva. Mas o Brasil será representado pelo filme “À Deriva”, de Heitor Dhalia, que participa da mostra Um Certo Olhar, da seleção oficial de Cannes.

Foto: Cena de "Abrazos Rotos", de Pedro Almodóvar (Divulgação).

Documentários Franceses

Mostra conceitua a cultura francesa atual no Museu Nacional

No ano da França no Brasil, documentários franceses estão em exibição no Museu Nacional. A Mostra Cinema Real – Documentários Recentes começa hoje (12) e vai até domingo (17). Sempre às 19h, e no domingo às 18h, as exibições, de entrada franca, discutem o conceito de cultura francesa após imigrações. Produções de ex-colônias estão incluídas.

As seis exibições contam com um longa-metragem e cinco médias. O média de abertura da mostra, “A dança e Degas”, recria a imagem do pintor Edgar Degas, conhecido por retratar cenas do balé-clássico, no palco ou nas coxias.

As fitas foram selecionadas pela franco-colombiana Catalina Villar, pelo belga-macedônio Georgi Lazarevski e pela senegalesa Katy Léna Ndiaye. As nacionalidades dos realizadores do projeto estão relacionadas ao tema do projeto.

Dentre os filmes selecionados estão “A vitória de Cézanne”, que decifra mistérios da obra e vida do pintor; “Invente um País pra Mim”, que evoca discussão sobre racismo e religião ao retratar a vida de crianças em exílio na França; “Por Um de meus Olhos”, trabalho do documentarista israelense Avi Mograbi, uma revista dos mitos de Sansão e Massada; “Rastros, Pegadas de Mulher” busca comparar tradição e modernidade através das pinturas murais das mulheres kassenas de Burkina Faso, perto da fronteira com Gana. A última exibição, “Viagem em Sol Maior”, retrata a viagem de Aimé, de 92 anos, ao Marrocos, onde redescobre a vida através das lentes da câmera fotográfica.

Confira a programação:
Terça-feira, dia 12
19h - A Dança e Degas (La Danse et Degas, França, 2003, Cor, 55’)
Direção: Mischa Scorer

Quarta-feira, dia 13
19h – Por um de meus dois olhos (Pour un seul de mes deux yeux, França, 2004, Cor, 100’)
Direção: Avi Mograbi

Quinta-feira, dia 14
19h – A Vitória de Cézanne (La Victoire de Cézanne, França, 2006, Cor, 52’)
Direção: Jacques Deschamps

Sexta-feira, dia 15,
19h – Invente um país para mim (Invente-Moi un Pays, França, 2005, Cor, 58’)
Direção: Catalina Villar

Sábado, dia 16
19h – Rastros, pegadas de mulher (Traces, Empreintes de Femmes, França /Bélgica/ Burkina Faso/Senegal, 2003, P&B, 52’)
Direção: Katy Léna Ndiaye

Domingo, dia 17
18h – Viagem em Sol Maior (Voyage en Sol Majeur, França, 2006, Cor, 52’) Direção: Georgi Lazarevski

Serviço:

Local: Museu Nacional Honestino Guimarães - Complexo Cultural da República - Esplanada dos Ministérios - No Auditório 2 do Museu Nacional do Conjunto Cultural da República
Data: de 12/05/2009 a17/05/2009
Horário: 19h. Domingo, às 18h
Entrada franca

Foto: "Rastros, Pegadas de Mulher", de Katy Léna Ndiaye (Divulgação)

Trailers dos próximos de Mann e Coppola

Os novos filmes de Michael Mann e Francis Ford Coppola ganharam trailers e dos bons.

Pela prévia, Public Enemies traz pro cinema digital o que Mann já fez em Fogo contra Fogo: colocar os dois atores fodões do momento pra protagonizar uma história de gato e rato.
Desta vez é Johnny Depp contra Christian Bale que duelam, numa trama baseada no livro Public Enemies: America's Greatest Crime Wave and the Birth of the FBI, 1933-34, de Bryan Burrough.
Mann tem mostrado que o cine digital não deve nada à película. Desde Collateral ele filma assim e o último dele, Miami Vice, já é um exemplo de como se pode fazer coisas lindas com um monte de informações binárias. Se com tramas modernas seu cinema já era fenomenal, chápeus, carrões e armas de gangsta old school não podem dar errado.

O trailer



O trailer de Tetro, de Coppola, é ainda mais animador. A história é do próprio diretor e, com a bagagem do velho barbudo, dá pra esperar um filmão, daqueles que agradam crítica e público. Passada em Buenos Aires, a história mostra Bennie encontrando seu irmão mais velho Tetro (Vicent Gallo) e se deparando com as diferenças de criação e idéias. O trailer me lembrou O selvagem da motocicleta, filme em que Coppola também usou preto e branco (às vezes aparecia um vermelho) e contava a história de um caçula que descobre o que há por trás da marra do irmão mais velho, o tal "Selvagem" do título em português, interpretado por Mickey Rourke (O lutador) novinho, ainda não carcomido pelos sopapos da vida.

O trailer

Não se deixe enganar pela sinopse (e pela foto)

Porque A Garota Ideal (Lars and the Real Girl) pode te surpreender. Digo isso porque, sinceramente, a sinopse do filme dá uma desanimada: um homem tímido compra uma boneca pela Internet, e ele a trata como uma pessoa real, como sua namorada (foto: Divulgação). A bizarrice do argumento, porém, torna-se algo aceitável quando o roteiro começa a mostrar quem o protagonista, Lars Lindstrom (Ryan Gosling), realmente é: um moço solitário, introvertido, delicado e incapaz de estabelecer relações afetivas com pessoais (reais).

Por isso, ele cria uma realidade que é só sua: adquire uma réplica de mulher da Internet, personalizada por ele, e a namora, porém, de uma maneira bastante tímida e pura. O comportamento de Lars é intimamente transformado. Ele se torna mais falante, comunicativo e sociável. Gus, (Paul Schneider) irmão, e Karin (Emily Mortimer), cunhada, orientados por Dagmar (Patricia Clarkson), psicóloga, tratam Bianca, a boneca-namorada de Lars, como uma pessoa real. E todos na cidade entram no jogo.

A psicóloga se faz de médica e finge tratar Bianca. No entanto, nas conversas entre Lars e Dagmar, enquanto Bianca "repousa" após a consulta, a psicóloga desnuda a origem do delírio (ou delusão) do jovem solitário e compreende que o comportamento estranho de Lars pode ser, na verdade, uma tentativa de sair do isolamento. Texto e direção, entretanto, não se adiantam rumo à construção de um filme psicológico. Lars, Bianca e todos ao seu redor fazem de A Garota Ideal uma tragicomédia sensível, simples e cheia de pureza.

Ryan Gosling, indicado a inúmeros prêmios importantes, inclusive o Globo de Ouro, confere ao personagem uma delicadeza surpreendente, logo nos primeiros minutos de filme. Nancy Oliver, a roteirista indicada ao Oscar 2008 pela originalidade do texto (ela também escreveu e co-produziu episódios da já cult série da HBO A Sete Palmos), e Craig Gillespie, o diretor, dão ao filme a solidez de um drama e uma leveza sutilmente cômica.

A Garota Ideal segue na esteira de sucesso de outras boas tragicomédias recentes (ou dramedy, como dizem alguns críticos norte-americanos), como Sideways - Entre umas e Outras e Pequena Miss Sunshine (isso sem mencionar Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças, que é muito mais do que uma boa tragicomédia), e é um exemplo de que o gênero comédia produzido nos Estados Unidos tem passado por mudanças radicais. De lá, ora aparecem tragicomédias ou comédias tristes, como estas citadas anteriormente, ora surgem filmes de humor subversivo, como O Virgem de 40 anos, já clássico desta nova onda cômica, Superbad - É Hoje, talvez a melhor comédia teen já feita, e o escrachado Trovão Tropical. O interessante é que as boas comédias atuais, mais ou menos enquadradas nesses dois subgêneros, são de longa duração, com mais de uma hora e meia, e febres de locadora. Mas ainda dá tempo de ver A Garota Ideal no cinema!

Em terras brasileiras, desde 1º de maio.