quarta-feira, 29 de abril de 2009

“Che” estreia em Brasília nesta sexta

Dirigido por Steven Soderbergh, “Che” mostra a história da luta armada que resultou na Revolução Cubana. O filme, que chega aos telões de Brasília nesta sexta-feira (1), é a primeira parte da cinebiografia do revolucionário. A segunda metade ainda não tem previsão para quando será lançada.


A cinebiografia completa do revolucionário Ernesto Che Guevara tem 4h28 de duração e levou oitos anos para ser concluída. A primeira metade, que já pode ser conferida, se concentra na participação do guerrilheiro na Revolução Cubana (1959) até seu discurso na ONU, em 1964. Já a segunda parte, conta seus 341 dias treinando guerrilheiros na selva boliviana, até outubro de 1967, quando Che Guevara morre.


O premiado ator Benicio Del Toro (melhor ator em Cannes 2008 por esse trabalho) é o protagonista e também acumulou a função de produtor do filme. Nele, o brasileiro Rodrigo Santoro interpreta o irmão de Fidel, Raul Castro.


Com custo de US$ 60 milhões, “Che” foi filmado em preto e branco, com uma imagem de aspecto de envelhecida. O filme de Soderbergh foi trabalhado a partir do roteiro de Peter Buchman ("Jurassic Park 3"), baseado num livro de memórias de Che.



Marina Bártholo* para BR Capital Press

sexta-feira, 24 de abril de 2009

My date with Drew



Eu não me sinto muito segura para escrever sobre filmes, apesar de ser uma cinéfila confessa. Mas acabo de abrir uma exceção(vamos lá). Dediquei minha quinta-feira à noite no Telecine Cult e assisti um documentário somente pelo seu título. “Meu encontro com Drew Barrymore” (My Date With Drew). O filme conta a história de um fã, aliás mas que isso, um apaixonado confesso por uma das estrelas de comédias românticas (tenho que confessar um dos meus gêneros favoritos) mais famosas de Hollywood, que tenta incessantemente conhecê-la.

Brian Herzlinger se apaixonou por Drew a partir do momento que a viu em "E.T. O Extraterrestre". Já adulto, ele resolveu realizar o seu sonho de conhecer a estrela , usando uma câmera alugada e R$ 1.100 dólares, prêmio que ganhou em um show, Brian resolveu gravar um documentário que mostrasse a sua luta em conseguir um encontro com Drew Barrymore. Com uma ideia louca e uma câmera na mão ele seguiu em busca de amigos de amigos de amigos da atriz. Desde sua esteticista até o diretor das “Panteras”.

Um dos maiores méritos do filme é a simpatia de Brian, que segura a história e faz o seu sonho considerado bobo e sem sentido por muitos se tornar importante para quem o acompanha. É divertido vibrar com o seu nervosismo e com suas dúvidas como o que dizer durante um possível jantar com Drew. Outro grande ponto importante no filme é a participação de um dos ex-namorados da atriz, Corey Feldman, figurinha cativa em filmes dos anos 80 como “Os Goonies” , ele conta como sua história com Drew Barrymore aconteceu.

O filme prega a busca pelos sonhos de uma maneira engraçada e acima de tudo original. E analisando debaixo da cortina do humor, podemos tirar uma bela mensagem dessa história. Como diria a própria atriz, “Se você não correr riscos, você terá uma alma perdida”.O documentário premiado nos passa a esperança de que nada e nem ninguém é inacessível, nem a Drew.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

O mundo em um clique

Câmera, computador, disposição e muito amor à fotografia: o artista plástico e pesquisador da UnB Sílvio Zamboni põe o pé na estrada para registrar cidades do mundo

Fotografar características históricas, artísticas, estéticas, arquitetônicas e arqueológicas de todas as cidades tombadas do mundo, catalogando-as em um imenso banco de imagens. Essa é a proposta do projeto Patrimônio Mundial da Humanidade, que, com fotos tiradas de ângulos inusitados, cortes nada convencionais e cores vibrantes proporcionam uma perspectiva diferente a olhares acostumados a observar monumentos sempre da mesma forma. A técnica do fotógrafo mistura-se à sensibilidade do artista para captar imagens que não são apenas meros registros de viagem, mas obras de arte. Nas palavras do próprio idealizador do projeto, Sílvio Zamboni, a empreitada é mais que um projeto de pesquisa: é um projeto de vida.

Professor da Universidade desde 1993 e artista plástico com uma vida inteira de experiência, Sílvio deixa a modéstia de lado quando o assunto é sua carreira. “Ainda me considero pintor, apesar de estar parado há algum tempo. Mas devo ter centenas de quadros”, estima. O flerte com as lentes da câmera fotográfica, entretanto, demorou um pouco mais para aparecer. Já experiente em fazer arte com ajuda da computação gráfica, Sílvio se diverte ao lembrar-se da época que se interessou por fotografia. “Assim que as máquinas fotográficas ficaram mais acessíveis, comprei uma e começaram a sair muito boas”, conta. “Menos de um ano depois, eu tinha um livro publicado e virei fotógrafo”.

Tudo começou a oito anos, na cidade de Pirenópolis, Goiás. “Comecei a fotografar porque eu tenho casa lá, então, já tenho uma ligação muito grande com a cidade”, explica. A satisfação com o resultado das fotos foi tanta que a cidade acabou ficando pequena para a ambição do mais novo fotógrafo brasiliense. Surgia, então, o subprojeto Patrimônio Brasil, que ampliava o itinerário para incluir todas as cidades tombadas do Brasil. De norte a sul do país, o artista-fotógrafo já conseguiu registrar quase tudo, “faltando, talvez só o Maranhão”.

Mas a terra do futebol também acabou ficando pequena demais, e o jeito foi partir para o resto do mundo, com os subprojetos América Latina e Europa. “Tive a oportunidade de viajar para o Peru e fotografar toda a riqueza em bens culturais de lá, que vai muito além de Machu Picchu”, conta Sílvio. Em 2008, os destinos foram Espanha, Portugal e Itália – onde as cidadelas medievais ganharam atenção especial nos cerca de dois meses de viagem.


Foto tirada em 2008, da cidadela medieval Carcassone, ao sul da França: menina-dos-olhos do pesquisador


Uma vez pronto, a idéia é que o banco de imagens sirva como fonte de consulta para pesquisadores e professores da UnB. “Em áreas como a arquitetura, por exemplo, ter imagens de diversas cidades pode ser muito útil”, exemplifica o artista, que faz questão de esclarecer: embora o objetivo seja dar a concessão das imagens gratuitamente, no momento em que der seus últimos cliques, a transação deve ser feita de forma minuciosa, para evitar prejuízos. “Não quero que as minhas fotografias sejam usadas comercialmente, a menos que haja alguma cláusula que me favoreça”, pondera.

Sem apoio financeiro, Silvio precisa tirar todos os gastos da viagem de seu salário de professor. “Nunca tentei o apoio da UnB, porque achei que não teria espaço”, diz. A alternativa para as viagens não pesarem tanto no bolso são os incentivos fiscais do Governo, como o Fundo de Apoio à Cultura (FAC) e a Lei rouanet, ou buscar ajuda junto a organismos internacionais, mais acessíveis que os “herméticos órgãos de pesquisa” brasileiros. “Na minha viagem ao México, o governo mexicano me ajudou bastante”, exemplifica.

A criação

Da execução da foto até a imagem final, o processo de criação envolve muita paciência, sorte e principalmente talento do artista. “Não é uma fotografia comum. Ela pode ser boa para uma revista, mas não ser propriamente uma obra de arte”, compara. O fotógrafo calcula que a média seja de uma foto artística para cada duzentas tentativas. O que sobra vira registro de viagem, pois embora não sejam tão especiais como as outras, as imagens servem para enriquecer o futuro banco de imagens.

Sílvio explica que, quando se trabalha com fotos digitais, há sempre duas etapas: a primeira seria a do fotógrafo puro, ou o momento em que ele capta a imagem. Após a escolha da fotografia ideal, as imagens passam por um tratamento digital, a segunda etapa do processo. As modificações podem ser sutis (uma imagem escura que fica mais clara, por exemplo) ou mais elaboradas. “Ás vezes, com pequenos efeitos de computador, você pode recriar uma fotografia que não é necessariamente excepcional”.

Cores vibrantes e ângulos pouco convencionais são a marca registrada do fotógrafo


Mas como diferenciar uma fotografia artística de uma não tão especial assim? Para Sílvio, a resposta é tão arbitrária como a própria arte. “O que diferenciaria um grande quadro de um quadro medíocre? Eu não sei dizer, mas todo mundo sabe diferenciar uma grande pintura de uma pintura medíocre ou mediana”, diz. “Elas têm que ser especiais, têm que ter alguma coisa diferente de tudo”.

O artista explica que fotos artísticas não precisam, necessariamente, retratar a realidade. O que conta mesmo são os elementos que compõem a imagem – seja um ângulo, uma cor, um lance ou um momento fotográfico – que possam ser considerados relevantes a ponto de serem eternizados, e não tanto a técnica utilizada no momento de tirar a fotografia. “Pode ser um momento fotográfico tão especial que torna aquela fotografia uma obra de arte”, completa.

Filme de Heitor Dhalia está no Festival de Cannes


O novo filme do cineasta brasileiro Heitor Dhalia, “À Deriva”, participará da sessão "Un certain regard" (Um certo olhar, na tradução livre), do Festival de Cannes. A mostra, que chega à sua 62º edição, acontecerá de 13 a 24 de maio na cidade francesa Cannes. Divulgada hoje (23), a seleção conta com renomes do cinema como Almódovar e Lars Von Trier.

A sessão em que o longa-metragem brasileiro participará junto com outros 19 está fora da mostra competitiva. Ao todo, o Festival de Cannes conta com 53 filmes de 23 países.

Heitor Dhalia é conhecido por seu filme anterior “O cheiro do Ralo”, premiado no Grande Prêmio do Cinema Brasileiro. Seu novo trabalho tem produção de Fernando Meirelles. O elenco conta com Camilla Belle (10.000 A.C.), Vincent Cassel, Déborah Bloch e Taís Araújo.

O drama “À Deriva” conta a saga de uma garota de 14 anos, Filipa (Laura Neiva), durante uma viagem de férias à praia com sua família. Durante os dias de passeio, a adolescente passa por descobertas de amor em meio à iminente separação de seus pais, o escritor Mathias (Cassel) e a professora Clarice (Debora Bloch).

Marina Bártholo para BR Capital Press

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Cultura enjaulada em Brasília

Artistas se manifestam contra a programação do aniversário de Brasília e reivindicam mudanças na política cultural


Com tambores, uma jaula e megafones, artistas da cidade protestaram hoje (17), em frente ao Conic, contra a política cultural de Brasília. Eles questionam a escolha dos artistas para os espetáculos do dia 21, quando a Capital completa 49 anos. A programação não conta com apresentações de artistas locais. Para trazer Xuxa e Cláudia Leite, o governo gastou 950 mil reais.


De dentro de uma jaula em frente ao Conic, Adeilton Lima, ator na capital há 23 anos, afirmou que o governo não apóia de maneira ideal a cultura local e toma as comemorações do aniversário da cidade como exemplo. “Nós temos artistas de qualidade aqui. Temos cultura que é produzida e realizada em Brasília, com história e identidade. Estamos revoltados com o descaso da Secretaria de Cultura. Nós queremos projetos sólidos e não eventos nos quais se vão rios de dinheiro”, disse ele.

A jaula posta na Praça do Zumbi dos Palmares, diante na Faculdade Dulcina de Moraes, no Conic, é uma alegoria feita a partir da obra Um Artista da Fome, de Franz Kafta. “Na história, o homem tem que bater seu próprio record de dias sem comer para poder continuar sendo uma atração para as pessoas. É o paradoxo da sobrevivência. Essa condição não me parece muito diferente da situação atual dos artistas brasilienses”, afirmou Adeilton.Além de Adeilton, outros artistas como Wellington Abreu, Walter Sarça e Doner Cavalcante protestavam com tambores e megafone.


FOTOS: ALEXANDRA MARTINS
Marina Bártholo* para BR Capital Press

Presidente Lula no "South Park"

O presidente Lula virou personagem na animação "South Park", em episódio que foi ao ar nos Estados Unidos ontem (15). No mesmo capítulo, o presidente da França, Nicolas Sarkozy, a chanceler alemã, Angela Merkel, o primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, entre outros líderes mundiais, também foram retratados. O episódio trata de um teste de confiabilidade que a Federação dos Planetas está aplicando nos líderes da Terra.


O personagem Stan mata um alienígena tido como perigoso. Em seguida, a polícia espacial aterrissa na cidade fictícia para perguntar sobre seu membro desaparecido. Deste modo, o pai de Stan liga para líderes mundiais para saber se algum deles havia visto o sujeito. Neste momento, Lula aparece. Ele e os outros líderes negam terem visto.

A polícia espacial diz ao pai que o alienígena é procurado por roubar milhões em dinheiro do espaço. Neste momento, todos os personagens dividem o dinheiro encontrado e dizem desconhecerem p paradeiro. Lula, assim como os outros personagens, quando indagado novamente pelos alienígenas sobre o dinheiro, responde: "Sem mudanças".

Intitulado "Pinewood Derby", o episódio poderá ser visto no site South Park Studios.

Marina Bártholo* para BR Capital Press

quarta-feira, 15 de abril de 2009

"Em mim a anatomia ficou louca, sou todo coração"


















Meu próximo post ia ser sobre um livro que estou lendo (olha o gerúndio aí) porém terminá-lo tem sido uma tarefa árdua. Me falta tempo e concentração (para variar). Então resolvi escrever sobre o que já li, e gostei.

Como amante da poesia descobri alguns autores que não me chamariam a atenção se não fossem por seus pequenos versos em vez de suas grandes obras. Wladimir Maiakovisk é um desses achados.O poeta russo é conhecido pelas suas literatura de tom revolucionário. Maiakovisk possuía um dom único para tratar de qualquer assunto com uma linguagem bela e simples, mas ao mesmo tempo rica e instigante. Ao terminar de ler suas poesias o leitor automaticamente é levado a querer conhecer mais a sua obras.

“Não acabarão com o amor,
nem as rusgas,
nem a distância.
Está provado,
pensado,
verificado.
Aqui levanto solene
minha estrofe de mil dedos
e faço o juramento:
Amo
firme,
fiel
e verdadeiramente.”

Seus relatos refletem um pouco de sua vida. Diria que Maiakovisk foi um exemplo não só pelo que escreveu, mas pelo jeito que viveu e que pode ser observado em sua obra. O poeta foi um homem revolucionário, arrebatador, com muitas paixões, ele foi épico e lírico não só em suas poesias, mas em sua vida.Era conhecido pela sua paixão de viver e pela sua falta de preocupação com as regras. Não era um arnaquista,e sim um sonhador, mais que isso,um aventureiro que desfrutava a vida o máximo que podia. Conhecer a obra desse belo poeta vale não só pelo aprendizado mas sim como inspiração. Seguir os “mandamentos” da vida de Maiakovizk, pelo menos de vez em quando, nos faria muito bem.

"Eu fui para sempre ferido pelo amor - mal e mal posso arrastar-me. O amor não está em ferver bruscamente, nem em acender uma fogueira, mas no que há por trás das montanhas de nosso peito, e bem abaixo da selva de nossa cabeleira. Amar é ir até o fundo do cercado e, até que a noite chegue, cortar lenha com chispas no machado, e a nossa própria força pôr em xeque. O amor não é paraíso, é simplesmente o atestado: de que outra vez se engrena o coração - motor enferrujado. Na terra há luzes - até o céu. No céu, estrelas a granel. Se eu não fosse poeta, seria astrônomo, por certo. Minhas palavras soletram às estrelas um cometa dourado. Deixando pelo céu seu rastro, brilha a plumagem caudalosa do cometa. Ouço em meu peito até o último pulsar: o amor a ressoar. O furacão, o fogo, o mar vêm vindo furiosamente. Que os pode domar? Você? Experimente."

Wladimir Maiakovski

Essa Fome...

Ficou mais fácil ser guloso. Baixou de quatro para uma fatia de bolo de chocolate devorado por dia para que a gulodice fosse considerada. Essa estatística abstrata pode ser constatada por qualquer observador mais desconfiado. Se emagrecer é a psicose em massa da atualidade, engordar é a neurose um tanto medonha.
Escutar mais sobre dietas infalíveis que sobre receitas de apetitosos quitutes é uma realidade incontestável. Perder peso é a meta de crianças a idosos cercada por várias alegações. O excesso dele faz sim mal à saúde e é verdade que a população está crescendo para os lados. Adjacente a isso, a magreza extrema tem sido a busca árdua da outra parcela do povo já considerada dentro das medidas. Gordurinhas demonstram tantos malefícios quanto os ossos à mostra, mas pelo jeito esse entendimento ainda não foi alcançado.
Lá se vão as carnudas, agora vêm as Tops peso pena. Observem as ‘celebridades’, depois de uma sumida, voltam mais magras do que já eram e trajando modelitos top de linha. A moda, cheia de laços, cintos, listras e volumes só é feita para corpos não esculturais, ou seja, os mais retos possíveis. Que as coleções ditam o que vestir, acessórios, maquiagem, cortes e cores de cabelo, já é sabido, mas que também ditam formatos de corpo, é novidade.
Longe de mim querer culpar modelos pela insanidade alheia (ou não, né), mas é verdade que as menininhas e mulheres andam se inspirando nelas para transformarem seus ambientes, em passarelas, e a elas, em top models. Todas querem ser admiradas, singularizadas e desejadas, seja na rua, nas escolas, boates ou, como era de se esperar, na Internet.
Com o acesso a câmeras digitais e um espaço na rede para divulgarem fotos, as meninas vivem a ilusão da fama. Nas fotos postadas em sites como “flogs” ou Orkut, estão elas, garotinhas suas roupas transadas, cabelos lisos e poses de caras e bocas variadas. Abaixo de cada imagem comentários de meninos e meninas igualmente “modelizadas”. Daí então o gostinho artificial da fama que substitui o sabor do chocolate.
A atenção intensiva para o corpo é uma característica herdada da década passada. Atenção esta promovida por quem olha e por quem mostra; e tanto "olhar" quanto "mostrar" são os verbos que sintetizam bem as ações plásticas desse tempo meramente estético. O que atrai é a embalagem, os títulos, as cores, o supérfluo e imediato; a primeira impressão. Detalhes, essência, diferenças, idéias, enfim, o que requer mais tempo de contemplação para ser reconhecido, vem sendo abominado pela grande maioria das pessoas que também acabam se tornando apenas um corpo.
Uma coisa leva à outra dentro desse grande sistema que rege a vida em sociedade. Então, para alcançar toda essa abstração plástica provinda sabe-se lá de onde (talvez do nada, é, talvez desse niilismo), renunciam aos sentimentos de prazer, como o sabor, e se entregam a outros, como o medo de ser e de crescer... Seja em carne ou mente.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

No mês de aniversário da cidade, produções audiovisuais retratam a capital

A Invenção de Brasília, documentário de Renato Barbieri, será exibido hoje (13) no Cineclube bancários. A produção de 55 minutos retrata a capital de sua construção aos dias atuais. Também será exibido o curta de 12 minutos A lente e a janela, de Marcius Barbieri. Após as exibições, haverá debate com Renato. A sessão começa às 20h, no Teatro dos Bancários, com entrada franca.

No mês do aniversário da cidade, o Cineclube Bancários dedica as exibições à Capital. O primeiro filme desta noite conta com a narração de Fernanda Montenegro e traz cenas da construção da cidade. Já o curta A lente e a janela, conta a história de uma menina que ganha no Natal uma câmera filmadora e se transforma por meio dela e da janela.

As exibições do Cineclube bancários acontecem sempre nas segundas-feiras e são seguidas de debates. Isso permite que o público interaja com os diretores das produções e tenha a chance de esclarecer dúvidas. A realização é do Sindicato dos Bancários de Brasília, com produção e programação da Brazucah Produções Culturais.

Para BR Capital Press

terça-feira, 7 de abril de 2009

Kiss chega ao Brasil!

Banda passará por São Paulo e Rio de Janeiro em turnê brasileira
Kiss se apresenta hoje (7) em São Paulo. (Foto: Divulgação)


A banda de rock americana Kiss chegou hoje (7) a São Paulo, onde fará a primeira apresentação da turnê. O show acontece esta noite na Arena Anhembi e amanhã na Praça da Apoteose, no Rio de Janeiro. As duas capitais são as únicas cidades por onde a banda passará no Brasil.

A turnê pela América do Sul começou na última sexta-feira (3), em Santiago, no Chile. Ontem o grupo tocou na capital Argentina, Buenos Aires. Do Brasil, a banda parte para Bolívia.

No repertório dos shows, clássicos como Rock and Roll All Nite, Detroit Rock City e Lick It Up estão dentre as 20 músicas a serem apresentadas.Os ingressos para os show custam R$ 170 e R$ 160 (pista) para São Paulo e Rio, respectivamente e R$ 350 (pista vip) para as duas capitais. Ainda há ingressos para as apresentações.

A turnê Alive/35 é comemorativa dos 35 anos da banda. Na sua formação atual traz os remanescentes Gene Simmons (baixo e vocal) e Paul Stanley (guitarra e vocal) acompanhados pelo guitarrista Tommy Thayer e pelo baterista Eric Singer.

Já faz 10 anos desde a última apresentação da banda no país. Na ocasião o show foi feito ainda pela formação original, com Ace Frehley (guitarra e vocal) e Peter Criss (bateria e vocal).


Marina Bártholo para BR Capital Press

García Márquez não pára de escrever

O escritor desmente a notícia de que nunca mais escreveria

Gabriel García Márquez não faz outra coisa senão escrever. (Foto: Divulgação)

García Márquez disse ao jornal colombiano El Tiempo que não vai parar de escrever. A declaração foi em resposta à afirmação dada na semana passada por sua agente literária, Carmen Balcells. Ela falou ao jornal chileno La Tercera que o escritor poderia nunca mais escrever.


“Lo único cierto es que no hago otra cosa que escribir” (“A única verdade é que não faço outra coisa senão escrever”, tradução livre), desmentiu o escritor neste domingo (5). Gabo, como é chamado, ainda completou dizendo que seu trabalho não é publicar e sim escrever. “Yo sabré cuándo estén a punto de boca los pasteles que estoy horneando” (Eu saberei quando estejam no ponto os bolos que estou assando, tradução livre), declarou ao jornal colombiano.

Marina Bártholo para BR Capital Press

História de Jean Charles vira filme

Focado na imigração na Europa, trama conta história de brasileiro morto com sete tiros em Londres
Com Selton Mello e Vanessa Giácomo, o filme Brazuca conta história de Jean Charles de Menezes que foi morto com sete tiros na cabeça no metrô de Londres em 2005, após uma atentado à bomba fracassado.

Dirigido por Henrique Goldman, Brazuca foi orçado em US$ 8 milhões e teve apoio financeiro do Film Council, órgão estatal inglês de fomento ao cinema. O filme retrata a história do brasileiro antes e depois de sua morte, quando sua prima luta pela prisão de seus assassinos.
Marina Bártholo para BR Capital Press

1001 discos para baixar antes de morrer

Inspirado no livro "1001 Discos para Ouvir Antes de Morrer" (1001 Albuns you must hear before you die), de Robert Dimery, no qual o autor indica os discos mais importantes da história segundo levantamento feito com 90 jornalistas e críticos, o site de downloads Nobrasil.org colocou links para downloads gratuitos (e ilegais) de quase todos os álbuns citados nessa obra. (foto: Reprodução)

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Lista de Schindler é encontrada

O documento estava em biblioteca na Austrália entre notas de pesquisa do escritor Thomas Keneally



Escritor Thomas Keneally com a lista de Schindler. (Foto: AFP)







A lista foi feita por Oskar Schindler e entregue a oficiais nazistas para salvar seus 801 funcionários judeus de serem enviados a campos de concentração. O documento foi adquirido pela biblioteca de Sydney, em 1996, junto com outras notas de pesquisa do escritor australiano Thomas Keneally. Segundo a curadoria, tanto a biblioteca como o livreiro ignoravam a presença da lista entre o material.

Os documentos foram usados como objeto de pesquisa para o livro A Arca de Schindler, que mais tarde baseou o filme A lista de Schindler, de Steven Spielberg. A lista foi entregue a Keneally, há cerca de 30 anos, por Leopold Pfefferberg, um dos judeus salvos.
Considerada um dos documentos mais poderosos do século XX, a lista elaborada durante a Segunda Guerra Mundial tem 13 páginas amareladas contendo nomes e nacionalidades de 801 judeus que trabalhavam na fábrica de Schindler na Cracóvia, Polônia.

Marina Bártholo para BR Capital Press

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Sentidos aguçados

Evinny Araújo
especial para a Revista Asmip
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Uma exposição de arte. Logo, pensamos em ver de longe quadros e esculturas. O acesso dos cegos à cultura foi uma questão que sempre instigou a artista plástica Cristina Portella. Pensando nisso, ela inovou com a exposição Cores do Silêncio, em que é possível tocar as obras e sentir suas texturas. Nascida em Niterói, no Rio de Janeiro, ela mora em Brasília há 25 anos. Após décadas de trabalhos voltados para as artes, Cristina viu a possibilidade de tornar sua arte acessível aos deficientes visuais. A artista contou um pouco sobre sua trajetória.

EA: Qual o principal diferencial de sua exposição?

Cristina Portella: O grande diferencial está no tradicional aviso “Proibido tocar”, tão comum em museus e galerias. Ele é substituído por um convite irrecusável: “Por favor, toque”. Imaginei e criei a exposição Cores do Silêncio para deficientes visuais. Além disso, os monitores da exposição são cegos. Quando a exposição é visitada, as pessoas podem ter a experiênciade ser guiadas por um deles, ou de colocar venda nos olhos. Todos os monitores são contratados a preço de mercado, tanto no Brasil, quanto no exterior.

Como surgiu a idéia de uma exposição tátil, voltada para cegos?

Durante décadas de trabalhos voltados para as artes plásticas e dentro do papel social que um artista desempenha, pensei: como a arte pode ser acessível culturalmente? Qual a linguagem da arte e seus novos códigos visuais? Como o público deficiente visual poderá ter contato com meus quadros? A vontade é, sem dúvida, a qualidade mais importante do ser humano. Dormi com a idéia de tornar minha arte acessível e acordei com a exposição pronta! Foi assim que surgiram minhas exposições sensoriais.

Sua exposição percorreu diversos países, como foi a receptividade do público?

A exposição percorreu as principais capitais brasileiras e países como o Japão, Bélgica, França, Suécia e Estados Unidos entre outros. Foi bastante visitada e teve boa acolhida pela crítica. Os monitores da Associação Nacional de Cegos da Suíça foram brilhantes como guias. Para minha surpresa, os diretores de vários museus e instituições culturais ficavam impressionados com a inovação de meu trabalho. Trago na bagagem de volta um convite para expor na ONU, em Genebra, em julho de 2009 e uma enorme vontade de continuar a mostrar para o mundo que a falta de visão não é um obstáculo. Arte é emoção e sentimento.

Qual a inspiração para as obras de Cores do Silêncio?

Ao elaborar Cores do Silêncio, tive a Amazônia como fonte inspiradora e o fascinante vôo migratório das borboletas. Com isso, tive a liberdade de trabalhar em quadros representando as regiões brasileiras, permitindo que a arte sensorial e as mais variadas técnicas fossem adequadas a cada tela. Trouxe da Amazônia folhas, pedras, aromas e sementes, criando o cenário educativo.
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Foto: Evinny Araújo

É Tudo Verdade

Principal evento do documentário na América Latina chega a Brasília com edição especial e estréia nacional


Extrapolando mais uma vez o eixo cultural Rio-São Paulo, o Festival Internacional de Documentários É tudo verdade, chega à Brasília para 12 dias de exibições. Em sua 14ª edição, serão exibidos 36 filmes, entre longas, médias e curtas-metragens, no Centro Cultural Banco do Brasil Brasília, de 14 a 26 de abril.

Considerado o principal evento dedicado ao cinema documentário na América Latina, esta edição traz à capital documentários brasileiros inéditos e títulos internacionais premiados nos principais festivais do mundo. No entanto, a edição integral do festival está sendo exibida em São Paulo e no Rio de Janeiro, onde tem caráter competitivo.

Em Brasília, o atrativo extra é A Casa dos Mortos, documentário de 24 minutos produzido pela antropóloga Debora Diniz, com o apoio da UnB TV. O roteiro, baseado no poema Bubu, um homem que acumula sua 12ª internação, conta a história de internos de um presídio psiquiátrico de Salvador (BA) que sobreviveram, morreram ou simplesmente deixaram de viver, vítimas do abandono e sem perspectiva ou futuro. A diretora participará de debate com a platéia após a sessão das 20h30, no dia 24 de abril.

O É Tudo Verdade – Festival Internacional de Documentários é de criação e direção de Amir Labaki, com o co-patrocínio do Centro Cultural Banco do Brasil Brasília. Na cidade, serão quatro sessões diárias com entrada franca. “A seleção deste ano reafirma que a produção documental está hoje na vanguarda do curta-metragem no Brasil. O aumento do numero de inéditos sinaliza ainda o crescimento da produção”, afirma Amir.

Em primeira mão, será exibido na edição de Brasília, o recém concluído longa-metragem Domingos, de Maria Ribeiro. O documentário conta a história do cineasta, escritor e dramaturgo Domingos de Oliveira.

Destaques do documentário internacional também estarão em exibição na edição brasiliense. Um deles é o documentário Z32, do reconhecido diretor israelense Avi Mograbi, que tem marcado sua trajetória por filmes experimentais na forma, cujo conteúdo é sempre crítico ao tratamento dado por Israel ao povo palestino.




A Casa dos Mortos, a ser exibido dia 24/04. (Foto: Divulgação)
*Matéria produzida para BR Capital Press

Homenagem ao maestro Claúdio Santoro traz cultura à periferia no sábado(04/04)


Administração Regional promove, com apoio de grandes músicos, atores e poetas da cidade a Homenagem ao Maestro de Brasília, na Biblioteca Pública de São Sebastião, na própria administração. O evento começa às 19:30h com leitura de poemas sobre o maestro, sua história de vida dedicada à música, apresentações de música clássica e trechos da sinfônica com a presença da esposa e coreógrafa Gisele Santoro. A entrada é franca.

Todos já vimos ou passamos por aquele grande teatro ao lado da rodoviária. Parece uma pirâmide, com os blocos de Athos Bulcão ilustrando sua lateral. Mas como é o nome daquele local: Teatro Nacional Cláudio Santoro. Por quê? Pois foi em Brasília que este renomado maestro deu vida à sua arte e de onde se projetou para o mundo. Neste ano, homenageiam-se os 20 anos de falecimento do músico de Brasília, em pleno ensaio geral da orquestra, no dia 27 de março de 1989. O polivalente músico natural de Manaus, teve uma carreira brilhante, tendo sido convidado para reger todas as orquestras do país e as mais renomadas do mundo. Por estas e por outras, o ano de 2009 é o Ano Santoro para a cultura no DF.

Também são comemorados os 30 anos da criação da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional(OSTN), sob a regência de Cláudio. E ainda, comemoraríamos os 90 anos de Santoro. Ainda assim, a comemoração vai ser pela sua eternidade.

Programação
O Maestro de Todos —O Teatro de todos! por Beth Dias

Primórdios da Música em Brasília, criação da escola para crianças na UnB, criação da Orquestra Sinfônica do Teatro nacional – Por Clinaura Macedo

Santoro, professor de composição, a importância do compositor no cenário nacional e internacional – Por Ricardo Vasconcelos

Santoro, o administrador –Homem político, por Afonso Galvão

A pessoa do maestro, a Visão, a alegria – Por Beth Dias

O Maestro para os jovens da Orquestra – Por Liliana Gayoso

Ilustrações musicais – ao vivo – flauta e piano –Beth Dias e Francisca Aquino

Intérpretes dos poemas – Júlio Cezar Cavalcante e Devana Babu(Radicais Livres S/A)


Serviço: Biblioteca Pública de São Sebastião fica na Administração Regional de São
Sebastião, Bairro Residencial Oeste, próximo ao CAIC Unesco

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Gabriel García Márquez poderá nunca mais escrever

"Acho que Gabriel García Márquez não voltará a escrever nunca mais", disse a agente literária Carmen Balcells em entrevista ao jornal chileno "La Tercera". A agente é uma das mais influentes no meio literário de lingua espanhola.
García Marquez, escritor colombiano vencedor do Prêmino Nobel de 1982, representa 36,2% do lucro da "Agencia Literaria Carmen Balcells". Em fevereiro, durante a Feira do Livro de Guadalajara, no México, o escritor disse que "escrever livros dá trabalho".
O autor da única biografia autorizada do escritor, Gerald Martin, apoia Carmen."Eu também acho que ele não escreverá mais livros, mas isso não me parece lamentável. Como escritor, foi seu destino ter uma trajetória literária totalmente coerente", disse Martin. Segundo ele, Gabriel García Márquez, que completou 81 anos, tem alguns livros completos guardados.

Gabriel García Márquez, que completou 81 anos em março. (Foto: divulgação/internet)

*Nota produzida para BR Capital Press

quarta-feira, 1 de abril de 2009

A guerra como você nunca viu

De Israel, vem o mais incrível filme sobre guerra dos últimos tempos: Valsa com Bashir (Valse avec Bachir). (- E as premiações?; - Arre, vá ver no IMDb!.) É uma autobiografia-documentário-animação contada de forma sincera, tocante e original pelo cineasta Ari Folman (foto: Divulgação). Atormentado por um sonho ambientado no conflito entre Israel e Líbano, ocorrido em 1982, no qual Folman participou como soldado das tropas israelenses que invadiram Beirute, o cineasta procura a ajuda de companheiros ex-combatentes para tentar encaixar as peças de uma experiência pessoal de que ele é incapaz de se lembrar com consistência e clareza. Ou seja, não se trata apenas da visão particular de um cineasta sobre um conflito, como Oliver Stone em Platoon, Coppola em Apocalypse Now ou Kubrick em Nascido para Matar. Aqui, o cineasta está intimamente ligado com a realidade dos fatos, busca depoimentos de amigos para reconstruí-la e a reproduz por meio de um filme documental muito particular, autoral, mas que já possui notável importância histórica.

À época, Folman presenciou o que seria considerado, mais tarde, um dos episódios mais tenebrosos e chocantes da história do Oriente Médio: o massacre de Sabra e Chatila. Sabra e Chatila eram dois campos de refugiados palestinos, localizados no centro de Beirute. O presidente eleito Bashir Gemayel, 34 anos, era um dos principais representantes do comando da milícia cristã Falange, apoiada por Israel. Antes de tomar posse, Gemayel foi assassinado em um atentado terrorista. E os falangitas atribuíram aos palestinos a morte do presidente. Resultado: membros da Falange invadiram o campo de refugiados e fizeram entre 700 e 3 mil vítimas. Mulheres, idosos e crianças. E o exército israelense, que ocupava a capital libanesa, foi indiferente. Folman, então jovem soldado de 19 anos, também. O trauma da indiferença passada nunca foi recuperado e, inconscientemente, as memórias da guerra e do massacre ocupavam espaços inacessíveis na mente do cineasta e ex-combatente.

A cada depoimento, o documentário expõe trechos de memória recuperados de Folman: recortes de uma batalha violenta expostos por meio da linguagem do desenho, mas com uma progressão narrativa de documentário. O resultado são imagens incríveis, uma miscelânea de ficção e realidade imersa em um visual inovador e original. Ari Folman, que, solitário, dirige e assina o roteiro, concebe um documentário poderoso, arrepiante, cheio de sensibilidade e marcado pela ânsia de seu autor em expor e entender traumas antigos. Traumas pessoais de um ex-soldado e sociohistóricos de uma nação.

Nos cinemas brasileiros, a partir de 3 de abril. (E olha que desta vez uma distribuidora nacional me surpreendeu, pois o filme, inicialmente, estava previsto para aparecer por aqui só no fim do mês.)

Bem, hehe, eu já vi o filme aqui em casa há mais de um mês... E ainda tenho no pc. Portanto, interessados (e endividados), manifestem-se!
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Eu prometi e menti (e daí?) quando falei que veria Simplesmente Feliz no cinema. Mas esse, agora eu falo sério (!?), quero, preciso ver em tela grande.